TECNOLOGIA EM GESTÃO DE COOPERATIVAS

Projeto Político Pedagógico

Arquivo do Projeto Político Pedagógico Vigente
Perfil Profissional

Perfil do Egresso Planeja e gerencia as atividades de cooperativas e seus respectivos negócios. Desenvolve, gerencia e incentiva as diferentes atividades referentes ao associativismo. Elabora e desenvolve projetos em comunidades rurais e urbanas. Implanta e gerencia os diversos setores de uma cooperativa. Avalia e emite parecer técnico em sua área de formação (Perfil Profissional de Conclusão - In.: Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia, 2016, p. 41). Cooperativas singulares, cooperativas centrais, federações e confederações de cooperativas. Empresas de planejamento, desenvolvimento de projetos, assessoramento técnico e consultoria. Órgãos públicos com atividades relacionadas a cooperativas. Sistema OCB/SESCOOP [UNICAFES, UNISOL, CONCRAB, UNICATADORES], Institutos e Centros de Pesquisa. Instituições de Ensino, mediante formação requerida pela legislação vigente (Campo de atuação - In.: Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia, 2016, p.

1. A formação tecnológica em gestão de cooperativas a ser desenvolvida neste curso enfoca a formação teórica, histórica e tecnológica. Neste sentido, o/a tecnólogo/a em gestão de cooperativas deve saber sistematizar, discutir e distinguir as diferentes abordagens sobre os processos de organização cooperativa, compreendendo distintas e/ou contraditórias práticas econômicas, administrativas e culturais, as consequências e os desdobramentos nas práticas das relações sociais que as teorias provocam. Esta competência está associada a uma perspectiva histórica para saber interpretar os fenômenos organizacionais contemporâneos como resultantes de processos que se constituíram no decorrer da história. Esta compreensão conduz para a pertinência das ciências e das tecnologias no campo da gestão de cooperativas. Isto é, além da formação geral das ciências e das práticas de gestão os/as tecnólogos/as devem ter as competências específicas de análise e de ação voltadas para a aplicabilidade dos conhecimentos nos espaços e territórios da sua inserção, tendo a atitude ética e criativa que leva para a reconstrução das teorias e dos instrumentos econômicos tornando-os respostas adequadas para as problemáticas das comunidades e dos empreendimentos econômicos solidários e sustentáveis. 2. A formação científica e cultural pertinente à gestão democrática de organizações de trabalho associado, há a necessidade de apreender os fundamentos epistemológicos da socioeconomia solidária. Esta é a capacitação para o desenvolvimento de uma visão que compreenda a complexidade dos fenômenos humanos nas relações intersubjetivas, interinstitucionais e interculturais. Neste sentido o prefixo sócio carrega a significação das diversidades culturais, linguísticas, dos gostos e dos saberes que são constituintes das racionalidades sociais que representam os diversos grupos que formam as redes de colaboração e de cooperação. Ao respeitar o princípio da pertinência do conhecimento, as ciências que constituem o arcabouço do curso, não podem ser ensinadas, pesquisadas e aplicadas a partir de modelos préestabelecidos e fechados. O caminho da aprendizagem e das ações daí decorrentes se assentam em concepções abertas e que tem na cotidianidade das organizações socioeconômicas associadas a fonte de informações e de desenvolvimento social. Inverte-se, neste sentido, a ordem geral do mercado global e universal, abstrato e exógeno, que se impõe às culturalidades localizadas, para o desenvolvimento de referenciais teóricos e metodológicos que tem na territorialidade o espaço e tempo da complexidade da existência humana e nela o desenvolvimento econômico, cultural e das capacidades políticas de auto-organização. Portanto, as ciências sociais aplicadas, que são orientativas da formação proposta, não são conhecimentos e práticas sociais destituídas das influências sócio históricas. Esta visão endógena das ciências sociais aplicadas, não é uma percepção que se fecha sobre si mesma, mas distintamente, que abre caminhos para as interrelações e os intercâmbios de produtos, de processos e de experiências entre grupos sociais e econômicos. É neste sentido que a economia se torna solidária. Os valores éticos afirmados para promover as relações não são os da competição, da concorrência, do individualismo. A axiologia afirma que competência é resultante da cooperação, da colaboração, da solidariedade, da construção de coletividades nas quais as individualidades não são excluídas. A economia que se torna solidária é o rompimento com as relações de exploração do trabalho pelo capital, é a superação da mais-valia, é a economia da satisfação das necessidades, é a ultrapassagem das relações hierárquicas e o estabelecimento de processos auto gestionários, é a economia do compartilhar, que tem no cuidado um valor central das suas práticas. A solidariedade é a que forma relações humanas que não deixam as pessoas dependentes, mas que torna as relações sólidas, daí a solidariedade, construída em bases sólidas. 3. Quando o cooperativismo é direcionado ao campo e à agricultura familiar, é necessário desenvolver competências para a análise e o planejamento da economia camponesa. Esta é um campo organizacional e de estudos que tem como orientativo propor ações, estudos e aprendizagens que se colocam na trajetória de metodologias que apresentam múltiplas relações que ocorrem nas redes e/ou arranjos de produção, de comercialização, de consumo, que implicam a natureza e os desejos humanos. A economia camponesa é o processo que apreende a diversidade cultural e a biodiversidade, que desenvolve métodos participativos, que tem como base de construção de paradigmas a existencialidade das pessoas e dos grupos sociais com os quais os/as formandos/as irão trabalhar. A economia camponesa, associada à perspectiva da economia solidária, tem como centralidade o conceito de trabalho, a autonomia dos sujeitos, o desenvolvimento de empreendimentos econômicos solidários e sustentáveis, o planejamento, as ações e a avaliação comprometidos com o autodesenvolvimento e o estabelecimento de redes de cooperação e de colaboração solidária. Portanto, a economia camponesa é uma economia do complexo, que incorpora ao mesmo tempo a conservação da natureza e o reconhecimento da diversidade cultural. A economia camponesa não pode ser feita com pacotes tecnológicos importados, ela ao invés, assenta-se na percepção de pesquisa que tem nas experiências dos grupos sociais no seu laboratório. Isto é, a ciência se constrói na relação criativa e reconstrutiva no diálogo com o senso comum, do conhecimento profundo do campo e das relações que se estabelecem na comercialização e consumo com grupos sociais urbanos.

elecem na comercialização e consumo com grupos sociais urbanos. 4. Para a efetividade da conservação dos ecossistemas há a premência do reconhecimento dos saberes e das tecnologias do paradigma da agroecologia que é orientador para a consolidação da sustentabilidade no espaço e no tempo da produção e do consumo. As práticas de não incorporação de agrotóxicos, de insumos externos, de sementes transgênicas, devem ser pensadas, pesquisadas, ensinadas e socializadas para a valoração dos saberes historicamente gestados, praticados e compartilhados. A agroecologia enquanto ciência e prática social é um caminho que apreende a valoração da vida, da dialogicidade dos saberes, do reconhecimento dos conhecimentos sobre a natureza, da valoração da natureza e de seus tempos, da diversidade das fontes de energia. A agroecologia é um processo que se fundamenta na complexidade e diversidade interdependentes dos sistemas naturais e culturais. Portanto, ela é um jeito de fazer e de conhecer que sabe da solidariedade sincrônica, com as gerações presentes e a solidariedade diacrônica, com as gerações futuras, tanto com os bichos humanos quanto dos outros bichos, águas e plantas. 5. Neste sentido, a responsabilidade na formação proposta tem o intuito de formar profissionais que:

a. Tenham compromisso com a ética de atuação profissional e com as organizações democráticas nas organizações cooperativas; b. Tenham capacidade de pesquisar, desenvolver e implementar processos de gestão participativos e auto gestionários para a valoração dos produtos dos empreendimentos econômicos solidários e sustentáveis, compatíveis com o processo social, econômico, político, cultural e ambiental dos territórios do Estado de Mato Grosso; c. Desenvolvam a capacidade de identificar problemas-potencialidades que afetam o desenvolvimento social das comunidades e das formas de organizações associadas para construir soluções factíveis e autossustentáveis; d. Sejam capazes de sensibilizar-estimular-motivar a práxis da cooperação, da participação, do associativismo, do cooperativismo e das ações solidárias em redes de colaboração de cooperação; e. Tenham clareza que a organização de sistemas de produção nos empreendimentos econômicos solidários e sustentáveis integra um sistema amplo e complexo de contextos de desenvolvimento humano; f. Tenham capacidade de promover a articulação da produção, a comercialização e o consumo com outras áreas importantes para o desenvolvimento pleno das comunidades (social, econômica, cultural, ambiental, industrial); g. Tenham capacidade de comunicar, interagir, pesquisar, aprender, ensinar e construir com a comunidade, visando o desenvolvimento associado, o protagonismo, a autonomia, a cidadania, a autogestão e a autossustentabilidade. h. Comprometem-se com o etno conhecimento e com o desenvolvimento de configurações sociais solidárias, democráticas, num cenário de diversidade cultural.

Candidato(a) à Área

1. A formação tecnológica em gestão de cooperativas a ser desenvolvida neste curso enfoca a formação teórica, histórica e tecnológica. Neste sentido, o/a tecnólogo/a em gestão de cooperativas deve saber sistematizar, discutir e distinguir as diferentes abordagens sobre os processos de organização cooperativa, compreendendo distintas e/ou contraditórias práticas econômicas, administrativas e culturais, as consequências e os desdobramentos nas práticas das relações sociais que as teorias provocam. Esta competência está associada a uma perspectiva histórica para saber interpretar os fenômenos organizacionais contemporâneos como resultantes de processos que se constituíram no decorrer da história. Esta compreensão conduz para a pertinência das ciências e das tecnologias no campo da gestão de cooperativas. Isto é, além da formação geral das ciências e das práticas de gestão os/as tecnólogos/as devem ter as competências específicas de análise e de ação voltadas para a aplicabilidade dos conhecimentos nos espaços e territórios da sua inserção, tendo a atitude ética e criativa que leva para a reconstrução das teorias e dos instrumentos econômicos tornando-os respostas adequadas para as problemáticas das comunidades e dos empreendimentos econômicos solidários e sustentáveis. 2. A formação científica e cultural pertinente à gestão democrática de organizações de trabalho associado, há a necessidade de apreender os fundamentos epistemológicos da socioeconomia solidária. Esta é a capacitação para o desenvolvimento de uma visão que compreenda a complexidade dos fenômenos humanos nas relações intersubjetivas, interinstitucionais e interculturais. Neste sentido o prefixo sócio carrega a significação das diversidades culturais, linguísticas, dos gostos e dos saberes que são constituintes das racionalidades sociais que representam os diversos grupos que formam as redes de colaboração e de cooperação. Ao respeitar o princípio da pertinência do conhecimento, as ciências que constituem o arcabouço do curso, não podem ser ensinadas, pesquisadas e aplicadas a partir de modelos préestabelecidos e fechados. O caminho da aprendizagem e das ações daí decorrentes se assentam em concepções abertas e que tem na cotidianidade das organizações socioeconômicas associadas a fonte de informações e de desenvolvimento social. Inverte-se, neste sentido, a ordem geral do mercado global e universal, abstrato e exógeno, que se impõe às culturalidades localizadas, para o desenvolvimento de referenciais teóricos e metodológicos que tem na territorialidade o espaço e tempo da complexidade da existência humana e nela o desenvolvimento econômico, cultural e das capacidades políticas de auto-organização. Portanto, as ciências sociais aplicadas, que são orientativas da formação proposta, não são conhecimentos e práticas sociais destituídas das influências sócio históricas. Esta visão endógena das ciências sociais aplicadas, não é uma percepção que se fecha sobre si mesma, mas distintamente, que abre caminhos para as interrelações e os intercâmbios de produtos, de processos e de experiências entre grupos sociais e econômicos. É neste sentido que a economia se torna solidária. Os valores éticos afirmados para promover as relações não são os da competição, da concorrência, do individualismo. A axiologia afirma que competência é resultante da cooperação, da colaboração, da solidariedade, da construção de coletividades nas quais as individualidades não são excluídas. A economia que se torna solidária é o rompimento com as relações de exploração do trabalho pelo capital, é a superação da mais-valia, é a economia da satisfação das necessidades, é a ultrapassagem das relações hierárquicas e o estabelecimento de processos auto gestionários, é a economia do compartilhar, que tem no cuidado um valor central das suas práticas. A solidariedade é a que forma relações humanas que não deixam as pessoas dependentes, mas que torna as relações sólidas, daí a solidariedade, construída em bases sólidas. 3. Quando o cooperativismo é direcionado ao campo e à agricultura familiar, é necessário desenvolver competências para a análise e o planejamento da economia camponesa. Esta é um campo organizacional e de estudos que tem como orientativo propor ações, estudos e aprendizagens que se colocam na trajetória de metodologias que apresentam múltiplas relações que ocorrem nas redes e/ou arranjos de produção, de comercialização, de consumo, que implicam a natureza e os desejos humanos. A economia camponesa é o processo que apreende a diversidade cultural e a biodiversidade, que desenvolve métodos participativos, que tem como base de construção de paradigmas a existencialidade das pessoas e dos grupos sociais com os quais os/as formandos/as irão trabalhar. A economia camponesa, associada à perspectiva da economia solidária, tem como centralidade o conceito de trabalho, a autonomia dos sujeitos, o desenvolvimento de empreendimentos econômicos solidários e sustentáveis, o planejamento, as ações e a avaliação comprometidos com o autodesenvolvimento e o estabelecimento de redes de cooperação e de colaboração solidária. Portanto, a economia camponesa é uma economia do complexo, que incorpora ao mesmo tempo a conservação da natureza e o reconhecimento da diversidade cultural. A economia camponesa não pode ser feita com pacotes tecnológicos importados, ela ao invés, assenta-se na percepção de pesquisa que tem nas experiências dos grupos sociais no seu laboratório. Isto é, a ciência se constrói na relação criativa e reconstrutiva no diálogo com o senso comum, do conhecimento profundo do campo e das relações que se estabelecem na comercialização e consumo com grupos sociais urbanos.

4. Para a efetividade da conservação dos ecossistemas há a premência do reconhecimento dos saberes e das tecnologias do paradigma da agroecologia que é orientador para a consolidação da sustentabilidade no espaço e no tempo da produção e do consumo. As práticas de não incorporação de agrotóxicos, de insumos externos, de sementes transgênicas, devem ser pensadas, pesquisadas, ensinadas e socializadas para a valoração dos saberes historicamente gestados, praticados e compartilhados. A agroecologia enquanto ciência e prática social é um caminho que apreende a valoração da vida, da dialogicidade dos saberes, do reconhecimento dos conhecimentos sobre a natureza, da valoração da natureza e de seus tempos, da diversidade das fontes de energia. A agroecologia é um processo que se fundamenta na complexidade e diversidade interdependentes dos sistemas naturais e culturais. Portanto, ela é um jeito de fazer e de conhecer que sabe da solidariedade sincrônica, com as gerações presentes e a solidariedade diacrônica, com as gerações futuras, tanto com os bichos humanos quanto dos outros bichos, águas e plantas. 5. Neste sentido, a responsabilidade na formação proposta tem o intuito de formar profissionais que:

a. Tenham compromisso com a ética de atuação profissional e com as organizações democráticas nas organizações cooperativas; b. Tenham capacidade de pesquisar, desenvolver e implementar processos de gestão participativos e auto gestionários para a valoração dos produtos dos empreendimentos econômicos solidários e sustentáveis, compatíveis com o processo social, econômico, político, cultural e ambiental dos territórios do Estado de Mato Grosso; c. Desenvolvam a capacidade de identificar problemas-potencialidades que afetam o desenvolvimento social das comunidades e das formas de organizações associadas para construir soluções factíveis e autossustentáveis; d. Sejam capazes de sensibilizar-estimular-motivar a práxis da cooperação, da participação, do associativismo, do cooperativismo e das ações solidárias em redes de colaboração de cooperação; e. Tenham clareza que a organização de sistemas de produção nos empreendimentos econômicos solidários e sustentáveis integra um sistema amplo e complexo de contextos de desenvolvimento humano; f. Tenham capacidade de promover a articulação da produção, a comercialização e o consumo com outras áreas importantes para o desenvolvimento pleno das comunidades (social, econômica, cultural, ambiental, industrial); g. Tenham capacidade de comunicar, interagir, pesquisar, aprender, ensinar e construir com a comunidade, visando o desenvolvimento associado, o protagonismo, a autonomia, a cidadania, a autogestão e a autossustentabilidade. h. Comprometem-se com o etno conhecimento e com o desenvolvimento de configurações sociais solidárias, democráticas, num cenário de diversidade cultural.

Metodologia

O Projeto Pedagógico do Curso Tecnológico em Gestão Cooperativa, cumpre o estabelecido pelo Conselho Nacional de Educação, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais. Considerando a necessidade de promover e creditar as práticas de Extensão universitária e garantir as relações interdisciplinares e/ou transdisciplinares e interprofissionais da universidade e da sociedade. O PPC se fundamenta no princípio da indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão, previsto no art. 207 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988; na concepção de currículo estabelecida na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.364/1996); na Meta 12.7 do Plano Nacional de Educação 2014/2024 (Lei nº 13.005/2014); na Resolução CNE/CES nº 7/2018 e na Política de Extensão da UNEMAT (Resolução nº 38/2021 - CONEPE), de modo a reconhecer e validar as ações de Extensão institucionalizadas como integrantes da matriz curricular. A creditação de extensão é definida como o registro de atividades de Extensão no histórico escolar, nas diversas modalidades extensionistas, com escopo na formação dos alunos. Para fim de registro considera-se a Atividade Curricular de Extensão (ACE) a ação extensionista institucionalizada na Pró-reitoria de Extensão e Cultura da UNEMAT, nas modalidades de projeto, curso e evento, coordenado por docente ou técnico efetivo com nível superior. As ACEs fazem parte da matriz curricular deste PPC e compõem, no mínimo, 10% (dez por cento) do total da carga horária curricular. O curso garante ao discente a participação em quaisquer atividades de Extensão, respeitados os eventuais pré-requisitos especificados nas normas pertinentes. O discente deve atuar integrando a equipe no desenvolvimento das atividades curriculares de extensão (ACE’), nas seguintes modalidades: a) em projetos de extensão, como bolsista ou não, nas atividades vinculadas; b) em cursos, na organização e/ou como ministrantes; c) em eventos, na organização e/ou na realização.